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fotografia contemporânea

Na fotografia contemporânea, busco a aura perdida, o vestígio do instante inatingível que resiste à reprodutibilidade técnica. Aprender a ir ao encontro da essência é, assim, um acto de insurgência: resgatar, no breve lampejo da imagem, a memória oculta da história. Cada fotografia é um relicário, uma constelação onde tempos díspares se entrecruzam e ressoam. A beleza que dela emana não é mera harmonia formal, mas sobrevivência, ruína luminosa de um passado que ainda palpita. Assim me torno preenchido, não pela posse do visível, mas pela reverberação do que, invisivelmente, insiste em ser.