A desertificação do "Eu" transmutou-se na cultura profundamente arraigada do "Ego", como corolário da atribuição de significados a uma efêmera e concreta inexistência. Neste intrigante palco da existência, rica em nuances e sutilezas, a dança de palavras com eloquência e desvela os intricados mistérios da sociedade contemporânea.
No vasto ermo do "Eu", onde nossa singularidade amiúde se desvanece na árida tessitura da vida, o "Ego" se projeta como um protagonista exuberante e amiúde distorcido na trama das nossas existências.
Este transmudar acontece quando conferimos sentido a uma existência efêmera e tangível. Ansiando por validação e reconhecimento num mundo que se desenha fugaz e sólido, a cultura do Ego se manifesta como um oásis ilusório no ermo do Eu, onde nos agarramos a identidades superficiais e conquistas transitórias.
Neste palco de reflexão e introspeção, a dança de palavras assume sua essência mais profunda: uma coreografia que desnuda a intrincada complexidade da sociedade contemporânea. Cada palavra, um passo nesta dança, transporta consigo múltiplas camadas de significado e subtileza, que podem ser meticulosamente desvendadas para descortinar os enigmas da sociedade atual.
Esta dança de palavras não deve ser mera encenação. Deve constituir-se como uma oportunidade de meditação profunda acerca de como restaurar o equilíbrio entre o Eu autêntico e o Ego inflado, como conferir significado a uma efêmera existência de forma verdadeira e como nossa cultura pode ser um instrumento na busca pelo autoconhecimento e na compreensão da sociedade em que estamos imersos.